ESCOÇHER BEM OS AMIGOS.

Estes devem ser analisados pela discrição , testados pela sorte e aprovados não só pela força de vontade mas também pela compreensão. Embora o sucesso na vida depende disso, raramente praticamos essa análise. A maioria das amizades nasce do mero acaso. Somos julgados pelos amigos que temos, e os sábios nunca se dão bem com os tolos, Sentir prazer na companhia de alguém não torna essa pessoa íntima: às vezes, apreciamos seu senso de humor sem confiar totalmente em seu talento. Algumas amizades são legítimas, outras, adúlteras: as últimas são para o prazer, as primeiras são férteis e favorecem o sucesso. A percepção de um amigo vale mais do que a boa vontade de muitos outros, portanto, é melhor que as sua escolhas sejam o fator dominante, não o acaso. Os amigos sensatos afastam os problemas, enquanto os tolos os acumulam. Além disso, não desejemos riqueza aos amigos caso queiramos conservá-los.

                                         Baltasar Gracián.








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